Seguindo a linha de posts da Nyu, resolvi apresentar um personagem meu nessa 'série' (se é que pode ser chamada assim). Eu particularmente sempre fui o cara que joga com o que estiver faltando para completar o grupo. Não por obrigação, mas eu tinha tantas ideias de personagem que isso simplesmente me ajudava a filtrar o que eu poderia usar. Bardo acabou se tornando uma escolha natural, com sua característica de 'classe-pato' - anda, nada e voa, mas não faz nenhuma das coisas muito bem. Além disso, bardos tem uma capacidade muito pouco valorizada no D&D padrão, que é torcer a opinião dos inimigos SEM precisar se valer do uso de magias. Eu falo pra caralho, todos vocês já notaram isso. Natural que eu escolha uma classe assim.
A história de criação dele é um pouco mais complicada, entretanto - na minha eterna busca por personagens com características incomuns, eu perguntei para o mestre de um jogo qualquer em pathfinder se poderia fazer um homem lagarto feiticeiro com linhagem starsoul - sim, eu tava tentando fazer um alienígena, me julguem. Como ele não permitiu, mudei para um halfling com a mesma classe e fiz como histórico um mercador afetado pelo metal de um cometa. O jogo nunca começou, e na mesma época conheci a Nyu. Acabei entrando num jogo já em andamento com um humano feiticeiro, e mais tarde quando a campanha foi reiniciada, ele se tornou bardo.
Muita coisa na história dele mudou com o tempo. O nome permaneceu o mesmo, entretanto. Foi uma rima aleatória que surgiu enquanto eu tentava achar uma sonoridade agradável. Como ele ficou bem incomum, deixei assim mesmo. E vamos logo para a parte que importa.
Histórico
Nome: Endrest Tellenderest
Raça: Humano
Idade: 19 anos
Um grande amante da arte e da minha própria voz, se me perguntar quem sou.
Nascido em uma pequena vila do norte, famosa por pomares ricos, fui criado em uma família realmente grande - mãe, duas irmãs mais velhas, e uma mais nova. Meu pai, infelizmente, faleceu muito antes que eu pudesse ter lembranças dele. Era miliciano, mas também arauto do senhor de nossas terras. Suponho que hoje em dia minha mãe diria que me pareço em muito com ele.
Nunca passei qualquer tipo de necessidade. Nossa família tinha algum dinheiro, e uma estalagem. Muito pequeno para ajudar de outra forma, eu observava, e aprendi a tocar flauta cedo, para animar a noite dos clientes. Durante aquele tempo eu descobri minha vocação musical. E descobri que eu sou um flautista muito ordinário.
Você deve se perguntar por que eu, com uma vida tranquila, desejei sair da minha casa e meter o pé na estrada. Não, não é em busca de riquezas, nem fama. Não, não foi poder. Simples vontade de ver o mundo. Existiu uma desculpa, claro - tinha um amigo e uma amiga de infância. Nós dois sempre fomos apaixonados por ela, mas ela preferiu-o. Sorri, e para não atrapalhar os dois, juntei minhas coisas e parti com um grupo artístico itinerante que passava de tempos em tempos na cidade.
Mateo, o líder da trupe, me aceitou de braços abertos. Não apenas ele, como todo o resto do grupo. Existe entre os membros de uma trupe, mesmo entre aqueles que se atacam, uma cumplicidade muito semelhante a de uma família. Aprendi de tudo nessa época. Atuar, dançar, tocar alaude - instrumento com o qual me destaquei - cantar, e algumas outras coisas, como mentir, trapacear em jogos de cartas, arremessar facas, e uns truques de prestidigitação. Ah, e histórias. Como eu amo histórias, desde as lendas antigas, até contos sobre os grandes reis do passado. Devo dizer que sair de casa aos meus 13 anos foi um investimento muito bom que fiz com meu tempo. Foram quatro anos naquela trupe, quatro anos que me fizeram conhecer uma quantidade incontável de pessoas interessantes.
A tatuagem que eu imagino não é tão grande, mas essa é um bom exemplo. |
Mas o mundo continuava me chamando, e era hora de seguir meu próprio caminho. Agradeci a todos, mas a partir daquele momento, acreditava que eu deveria procurar algo novo. Aventureiros, talvez.
Ironicamente, com menos de duas semanas fora da trupe, eu realmente encontrei algo novo. Escravagistas. Fui preso, e embora eu não tenha passado mais do que uma semana nesse estado, meu rosto foi marcado. Uma tatuagem embaixo do olho esquerdo. Mesmo hoje eu não tenho muita certeza do que essa marca realmente significa, mas sei que poucas pessoas a conhecem.
Ah, sim, como eu disse, passei pouco tempo nesse estado. Acho que a dama da sorte realmente gosta de mim. Um grupo de quatro aventureiras estava no rastro dos escravagistas. Durante uma noite, elas invadiram o acampamento e libertaram todos os escravos. Mataram muitos guardas - eu realmente ainda não estava acostumado com mortes nessa época - e outros tantos fugiram. Não pareciam interessadas em muito mais do que alguns documentos, e deixaram todo o resto para que os escravos pudessem encontrar seu rumo. Ali, desarmado, acuado e sentindo uma boa história naquele grupo, resolvi seguir meu bom senso e ir atrás delas.
Seria bonito dizer aqui que elas aceitaram um jovem com pouco mais do que perícia em canto e viagem no grupo, que me aceitaram quase como um membro da família, e que fomos felizes durante todos os dois anos até hoje - mas seria uma mentira deslavada, e só por hoje acho que vou contar a verdade. Nos primeiros dias elas pareceram ignorar o fato de que eu as seguiam. Logo em seguida, recebi fortes indícios de que eu não era bem vindo - ainda lembro da dor do soco que aquela elfa me deu até hoje. Por sorte sai com um olho roxo, apenas - sorte, sim, pois não duvido que ela arrancaria uns dentes meus se acertasse um pouco mais para baixo.
Mas com a insistência, e com o tempo, elas pareceram desistir de me afastar. Telea, uma anã sacerdotisa, começou a cuidar dos meus ferimentos. Alina, uma pesquisadora da igreja, também pareceu se afeiçoar por mim - ela é cantora, e nossa música acabou animando um pouco as noites. Miria, a elfa que antes tinha me batido, passou a me suportar - sob uma quantidade pesada de piadas e comentários sarcásticos, mas ao menos não me socou mais. A que realmente me intrigava era a última, Thrisa - uma nagah, parte de um povo que eu só ouvirá falar, pessoas normais com calda de serpente onde deveriam ter pernas - que era uma pesquisadora arcana. Ela parecia um tanto apática comigo no inicio - na verdade, ela parecia apática ao resto do mundo, e ninguém dava muita bola para isso.
E aqui estou eu hoje, junto a elas. Encontrei uma terceira família. E aprendi com elas. Sobre os deuses e seus servos, sobre canções antigas que clamam por sua ajuda, e sobre ver a verdade nos olhos das pessoas. Aprendi a lutar, e ainda mais, aprendi quando evitar a luta, e sobre a cultura dos elfos. E com Thrisa, mais do que com todas as outras juntas - minha sede de informações parece ter atraído a atenção dela ao menos um pouco. Aprendi sobre a magia, e as leis que a regem. Aprendi a ler as estrelas, e os significados ocultos nelas. Aprendi sobre criaturas desse mundo, e de muitos outros que não podemos ver. E também... outras coisas.
A dois anos, eu aprendi o quão forte é a ligação entre pessoas que salvam as vidas umas das outras o tempo inteiro. Passei de um viajante perdido a um aventureiro. Vejamos qual é o próximo rumo a que a vida vai me levar.
Uma sugestão de roupa para o personagem - Eu realmente gosto dessa imagem. |
Histórico Resumido e Informações Adicionais
Um bardo com sede de conhecimento e vontade de viajar, Endrest é também um personagem extremamente aberto. Cada fase de sua vida pode afetar o personagem da forma que o mestre preferir.
O grande tempo que passou em uma trupe artística tornou ele não só um bom músico - o rapaz sabe fingir sentimentos e contar histórias - ou mentiras - como ninguém. Sempre foi uma pessoa excessivamente sociável - ele se apresenta para praticamente qualquer um, e mantem um sorriso contante mesmo quando o medo ou raiva o dominam. Endrest também é muito empático, e somando isso a sua personalidade, acaba se metendo nos assuntos de outros quando percebe tristeza, raiva ou qualquer outro tipo de problema.
Originalmente, ele namorava a nagah, mas preferi deixar isso em aberto para cada mestre tratar isso em seu jogo como preferir.
Sim, eu sei que ela tem cauda de serpente.
Sim, eu sei o que você esta se perguntando.
Foda-se, não é o meu trabalho responder isso. Pergunte para o seu mestre.
Ah, como uma pequena descrição das características físicas, Endrest tem a pele bem morena, cabelos escuros e ondulados, e olhos amendoados de um verde escuro. Quebrar um pouco o estereótipo de bardo loiro dos olhos azuis é legal de vez em quando, não acham?
Espero que isso possa te dar alguma ideia para NPC, aventura, personagem, ou seja lá o que for.
Sugestão de aparência para Thrisa. A cauda? Branco e amarelo claro, como uma píton albina. Por que? Eu gosto de pítons, só isso. |
A primeira imagem pertence a Raka-Raka.
A segunda imagem pertence a Ali3losh.
A última imagem pertence a Bayardwu.
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