O Sistema
13th Age nasceu com o objetivo de simplificar o sistema de D&D e adicionar elementos narrativos a sua fórmula. Eu creio que a melhor forma de conhecer um sistema é vendo a ficha de personagem, então durante o texto também apresentarei os passos da criação de personagem.
O primeiro passo é escolher uma raça para o personagem. Você tem as raças básicas de D&D, como humanos, elfos de variados tipos, anões, halflings, e também algumas raças incomuns, como meio-dragões e forjados (construtos vivos). Todas tem algum texto descritivo, e suas regras: opção de escolhe um bônus de +2 entre dois atributos e um poder racial útil para combate. Mais parecido com a 4ª edição e muito mais simples do que a 3.5.
Para o personagem de exemplo, vou escolher Elfo Negro. A raça me dá opção de escolher +2 para destreza ou carisma, que deixarei para decidir mais tarde, e o poder Cruel, que causa dano contínuo a um inimigo que eu atingir, uma vez por combate. Ele pode representar um ferimento feio sangrando em abundância, veneno agindo, ou qualquer outra coisa que o jogador imaginar.
A segunda escolha é a classe. Você encontrará aqui a maior parte das classes básicas de D&D, com exceção do monge e do druida (presentes em um suplemento). Elas são divididas em complexidade: embora todas compartilhem as mesmas mecânicas básicas, o bárbaro, ranger e paladino são considerados classes fáceis, enquanto ladino, bardo e mago são difíceis. Guerreiro, feiticeiro e clérigo são medianas. Uma outra diferença é que o jogo só tem 10 níveis, divididos em três estágios: aventureiros (níveis 1 a 4), campeões (níveis 5 a 7) e épicos (níveis 8 a 10). Isso não torna os personagens menos poderosos do que os de outros D&D. Multiclasse aqui também funciona de forma simples: se o mestre aprovar, você pode gastar seus talentos de classe para pegar talentos de outras classes. Seu paladino ficaria mais legal com um companheiro animal? Gaste os mesmos 2 talentos iniciais que um ranger gastaria e seja feliz.